Pratos Falantes
Com a Feira do Prato Falante, surgiu a oportunidade de colaborar pela primeira vez com a antropóloga Maria Manuela Restivo numa publicação conjunta. Ela investigou a produção histórica e reunimos alguns exemplares de pratos antigos, a par das criações resultantes desta exposição.
“Desconhecemos publicações, em Portugal, exclusivamente dedicadas a esta particular categoria de objetos, os pratos falantes. Tal como não será de estranhar, já que os pratos falantes – designação utilizada em algumas publicações – serão provavelmente tão antigos como a própria produção cerâmica, extravasando períodos, origens geográficas e contextos culturais.
A vontade de comunicar através da cultura material remonta, como comprovam as pinturas rupestres, à existência da humanidade tal como hoje a conhecemos. Encontrar o primeiro prato falante da história portuguesa seria, por isso, um exercício vão. Não obstante, é possível identificar momentos em que os pratos falantes parecem ganhar maior relevância quer em quantidade, quer pelas especificidades da sua produção. É precisamente este exercício que nos motivou a realizar esta publicação, cruzando os exemplares históricos com os seus homónimos contemporâneos.”
Maria Manuela Restivo é antropóloga e investigadora É licenciada em Antropologia pela Universidade de Coimbra, mestre em Museologia pela Universidade do Porto e doutorada em Estudos de Património – História da Arte pela mesma universidade, através de uma bolsa de estudos da FCT (2017-2022). Realiza investigação, exposições e publicações em torno das práticas artísticas populares e vernaculares. Atualmente é investigadora integrada do CRIA no âmbito do programa CEEC (2024-2030).
Pratos Falantes
Coordenação de Felipa Almeida e Maria Manuela Restivo
Editado por Casa do Vinhal – Estúdio do Alhures
64 páginas. Em Português.
14€
Recolha disponível em Campo de Ourique por marcação.